artigos |Postado em 27-08-2025

Mapa de laboratórios alternativos na América Latina

Convidamos você a conhecer os laboratórios latino-americanos que estão revolucionando a maneira como fazemos ciência.

A crescente inovação científica e tecnológica impulsionou o desenvolvimento de métodos alternativos aos testes em animais, conhecidos como NAMs, em setores como cosméticos e biomedicina. Os NAMs permitem que a segurança e a eficácia dos produtos sejam avaliadas por meio de testes químicos, culturas de células e sistemas computacionais. Eles foram validados e promovidos por organizações como a OCDE na Europa, e a FDA nos Estados Unidos. Além disso, o interesse de muitos pesquisadores em se treinarem segundo os princípios dos 3Rs reflete um maior comprometimento com a melhoria da qualidade de vida dos animais. Aqui, esses avanços são consolidados por meio de laboratórios que desenvolvem, validam ou aplicam NAMs, como culturas de córnea e pele humana para avaliar irritação e corrosão química. Temos alternativas robustas alinhadas aos padrões internacionais, que respondem tanto à pressão social por produtos livres de crueldade quanto ao interesse industrial por métodos econômicos, rápidos e reprodutíveis. Além disso, tornam-se uma vantagem, pois estar à frente de regulamentações exigentes facilita os processos de exportação e validação sanitária. Considerando esses avanços, a equipe de pesquisa da Te Protejo elaborou um mapa interativo de laboratórios alternativos na América Latina para facilitar o acesso a esses laboratórios pela indústria de cosméticos e cuidados pessoais.

Nesta pesquisa, o Brasil emergiu como líder no desenvolvimento de alternativas, com pelo menos oito laboratórios, uma Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA) e um Centro de Validação de Métodos Alternativos (BraCVAM). A Argentina veio em seguida com o centro CLAIM®, pioneiro no país na utilização de métodos alternativos desde 1999, um trabalho que permitiu a construção de uma base científica que informou toda a região. Em seguida, vieram o LMA e o Bio Fucal; depois o México, com laboratórios como o LIALT e o ILAB, e, finalmente, o Chile, com os centros Functional Life e Rubisco Biotechnology.

Esses centros conseguiram adaptar modelos de ponta utilizando apenas tecnologias latino-americanas e decidiram adotar uma cultura de cuidado e responsabilidade técnica. Esse mapa foi construído por meio de pesquisa documental e contato direto com pesquisadores, para que a comunidade possa explorar os métodos disponíveis e quais laboratórios os desenvolvem. Fortalecer dar visibilidade a seu trabalho exige avançar para uma pesquisa contextualizada na realidade latino-americana, que se conecte com nossas prioridades de saúde e sociais. Também nos permite identificar ensaios que podem ser complementados ou validados, reduzindo custos e melhorando a conformidade regulatória, além de avançar em direção a certificações com suporte local, fortalecendo a confiança do consumidor. Este mapeamento é um convite para fortalecer a comunidade científica latino-americana. Se o seu laboratório oferece ensaios alternativos, entre em contato conosco e faça parte dessa mudança.