Por trás das peças novas que compramos há um longo processo de produção que consome muitos recursos naturais e gera resíduos poluentes. O relatório do Global Fashion Agenda e The Boston Consulting Group mostrou que apenas 20% do lixo de roupas é coletado para reuso e reciclagem, enquanto o restante para nos aterros sanitários ou é incinerado. 

Mas afinal, como reduzir o seu impacto no planeta e consumir de forma consciente? O brechó pode ser o seu primeiro passo para uma vida mais sustentável. 

Os brechós fazem parte do eco fashion, também conhecido como moda sustentável, que está ligado à forma que os artigos de moda são produzidos ou consumidos. Sua maior preocupação é minimizar ao máximo o impacto ambiental, neste sentido, sendo o oposto do fast fashion, já que possui o principal objetivo de oferecer peças com durabilidade tendo um maior tempo de uso.

Comprar roupas em brechó está se tornando mais comum à medida que o tempo passa. Apesar de muitos brechós ainda serem escuros e desorganizados, esses detalhes estão mudando para melhor, fazendo com que mais pessoas comecem a ir nesses locais para comprar suas peças de roupas.

Ir em um brechó é diferente de ir em uma loja convencional de roupas. Nele não há muitas unidades de uma mesma peça com numerações e cores diferentes. Lá as peças são únicas. Além disso, hoje encontramos muitos brechós bem iluminados, com roupas cheirosas e organizadas. Quando compramos uma peça em um brechó estamos dando continuidade às roupas que poderiam parar no lixo. Isso evita que o meio ambiente seja exposto a mais materiais difíceis de se decompor. Além disso, menos roupas serão produzidas nas fábricas têxteis, isso faz com que menos substâncias tóxicas sejam despejadas no meio ambiente. Ao final, você auxilia de duas formas a proteger o planeta Terra.

Vestir-se de brechó é despir-se de preconceitos! Precisamos ressignificar nosso olhar sobre o mundo e formas de viver a partir daquilo que nos potencializa e representa, sem nos deixar uniformizar pelo sistema. Adotar a prática de ressignificação na forma em que vivemos é algo urgente, uma vez que romper barreiras e criar coragem para buscar vivenciar experiências com mais autenticidade, consciência e alinhadas com o propósito de um bem em comum.