A saúde mental, muitas vezes negligenciada, passou a receber maior atenção e relevância com a chegada da pandemia. O confinamento, o medo e as incertezas amplificaram sintomas e sentimentos que já se vinha vivenciando, tais como ansiedade, estresse e desânimo. A necessidade de se obter uma melhor qualidade de vida em meio ao caos introduziu as artes manuais no cotidiano de muitas pessoas. Entre as técnicas, destaca-se o crochê.

A arte milenar tem conquistado cada vez mais adeptos e admiradores. A maneira de tecer usando linha e agulha em forma de gancho é usada não apenas para garantir uma renda extra, mas também como uma atividade terapêutica. Os movimentos ritmados e repetitivos trazem calma e conforto. A prática do crochê, assim como ocorre com outras atividades artesanais, promove um estado meditativo de consciência plena.

Uma pesquisa realizada no Reino Unido pela arteterapeuta Betsan Corkhill  mostrou que ao tecer com frequência (pelo menos 3 vezes semanais), o artesão se sentia mais feliz, calmo e confiante, promovendo uma melhora na saúde mental e bem-estar.

Criação de Nathalia Vomero

O crochê mantém a atenção no momento presente e em uma única atividade, diminuindo os níveis de ansiedade. Além disso, o estado meditativo experimentado permite que muitas pessoas se beneficiem com a meditação sem precisar de aprendizado específico e despender um longo tempo para realizar a prática.

Recentes estudos na área da neurociência estão compreendendo melhor como a meditação influencia positivamente nas atividades cerebrais, trazendo melhora nos sintomas da ansiedade e depressão.

Ademais, a experiência de projetar e realizar uma peça do zero à conclusão traz os sentimentos de orgulho, satisfação e missão cumprida. Estas sensações melhoram significativamente a autoestima.

Assim, o crochê se mostra um excelente aliado na busca por uma vida mentalmente saudável. Se você ainda não experimentou, fica aqui o convite para aprender a prática, que além de linda é tão benéfica.