Meu primeiro post: Amanda Barros
Uma nova voluntária se junta à nossa equipe Brasil: bem-vinda Amanda!
Sou Amanda, nascida em 1996, recifense, formada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, no momento pós-graduanda em direito ambiental pela Universidade Federal do Paraná e participante do Grupo de Estudos de Ética e Direito dos Animais da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
A minha história na proteção animal é recente e se cruza com a história da minha cidade, que, atualmente, é muito carente de políticas públicas de proteção aos animais de rua.
Esse trabalho acaba ficando a cargo de pessoas que se sensibilizam com a situação de precariedade dos animais e atuam de forma voluntária para minimizar o sofrimento causado tanto por situações de maus tratos humanos, como abandonos e agressões, quanto por negligência do Estado, que não realiza ações de esterilização e controle de doenças.
Até o final de 2020, eu não tinha noção de como a luta das protetoras e protetores independentes é árdua. Foi através de perfis de divulgação da causa animal no Instagram que tive contato com essa realidade tão próxima e tão ignorada – até mesmo por mim.
A partir daí, decidi ser mais presente na causa e assumir a responsabilidade de compartilhar o peso dos resgates de animais mau tratados, doentes e “invisíveis”. Desde então, com ajuda de doações, realizei ações de C.E.D. (captura, esterilização e devolução) e resgate de gatos doentes.
Além do amor pelos gatos de rua, tenho muito amor pelos meus próprios: um macho e uma fêmea típicos, e uma fêmea que foi resgatada cega ainda filhote por um abrigo. Desde que a adotei, aos quatro meses de vida, ela me ensina todos os dias que “só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos” (Saint-Exupéry).
Toda essa trajetória me levou a conhecer a ONG Te Protejo através da campanha #SalveRalph e, graças à ela, descobri a importância da certificação cruelty-free.
O trabalho da Te Protejo me fez despertar para o fato de que a proteção animal abrange várias outras camadas que não só as vistas no meu dia a dia. Entendi, também, que o fato de não ver o processo de testes em animais não significa que isso não existe – pelo contrário – e não nos exime da responsabilidade pela crueldade com a qual acabamos compactuando ao adquirir produtos testados em animais.
Devido à minha atuação como protetora independente, vejo vários casos de maus tratos e violência contra os animais. Por isso, acredito que a ecoeducação e a disseminação de informações sobre proteção animal compõem o caminho para conscientizar a população acerca das consequências danosas da crueldade contra os animais e, assim, alcançar uma mudança de comportamento da sociedade para que as pessoas e instituições tratem os animais não-humanos como os sujeitos de direito que são.
Mesmo com uma jornada tão no comecinho como a minha, posso dizer que já fiz muitos amigos pelo caminho, entre animais e protetores tão especiais quanto seus projetos.
E, agora, iniciando esta etapa como blogger na Te Protejo Brasil, me encontro cada vez mais certa de que não há nada mais especial do que se unir a pessoas incríveis em ações incríveis de luta pelo bem-estar animal.
Com gratidão, sempre,
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